Fatos interessantes sobre balança comercial, importações e exportações



Importações e exportações podem parecer termos que têm pouca influência na vida cotidiana, mas exercem uma profunda influência sobre o consumidor e a economia. Na economia global interligada de hoje, os consumidores estão acostumados a ver produtos de todos os cantos do mundo em seus shoppings e lojas locais. Esses produtos no exterior - ou importações - proporcionam mais opções aos consumidores e ajudam-nos a administrar os orçamentos domésticos mais difíceis. Mas muitas importações em relação às exportações - que são produtos enviados de um país para destinos estrangeiros - podem distorcer a balança comercial de uma nação e desvalorizar sua moeda. O valor de uma moeda, por sua vez, é um dos maiores determinantes do desempenho econômico de uma nação.

De acordo com o método de cálculo do PIB, o PIB anual de uma economia é a soma de C + I + G + (X - M), onde C, I e G representam os gastos de consumo, investimentos de capital e gastos governamentais, respectivamente .


PIB = C + I + G + (X-M)
C representa o consumo privado
I é a totalidade de investimentos realizada no período
G equivale aos gastos do governo
X é o volume de exportações
M é o volume de importações


Embora todos esses termos sejam importantes no contexto de uma economia, vamos olhar mais de perto o termo (X - M), que representa exportações menos importações, ou exportações líquidas. Se as exportações excederem as importações, o valor das exportações líquidas seria positivo, indicando que a nação tem superávit comercial. Se as exportações forem inferiores às importações, o valor das exportações líquidas seria negativo e a nação terá um déficit comercial.

As exportações líquidas positivas contribuem para o crescimento econômico (algo que é intuitivamente fácil de entender). Mais exportações significam maior produção de produtos nas fábricas e instalações industriais, bem como um maior número de pessoas empregadas para manter essas fábricas funcionando. Os recursos advindos das exportações também representam um influxo de fundos para o país, o que estimula o gasto do consumidor e contribui para o crescimento econômico.

Por outro lado, as importações são consideradas um obstáculo para a economia, como pode ser medido a partir da equação do PIB. As importações representam uma saída de fundos de um país, uma vez que são pagamentos feitos por empresas locais (os importadores) a entidades estrangeiras (os exportadores).

No entanto, as importações, por si só, não são necessariamente prejudiciais ao desempenho econômico e, de fato, constituem uma componente vital da economia. Um elevado nível de importações indica demanda interna robusta e uma economia em crescimento. É ainda melhor se essas importações são principalmente de ativos produtivos, como máquinas e equipamentos, uma vez que irão melhorar a produtividade a longo prazo.

Uma economia é saudável onde as exportações e as importações estão crescendo, já que isso normalmente indica força econômica e um superávit ou déficit comercial sustentável. Se as exportações estão crescendo, mas as importações diminuíram significativamente, isso pode indicar que a pujança econômica do resto do mundo está em melhor forma do que a economia doméstica. Inversamente, se as exportações caírem acentuadamente, mas as importações subirem, isso pode indicar que a economia doméstica está se saindo melhor do que os mercados estrangeiros. O déficit comercial dos EUA, por exemplo, tende a piorar quando a economia está crescendo fortemente

Entretanto, um nível crescente das importações e um déficit comercial crescente têm um efeito negativo sobre uma variável econômica-chave - o nível da moeda doméstica versus moedas estrangeiras, ou a taxa de câmbio.

A inter-relação entre as importações e as exportações de uma nação e sua taxa de câmbio é complicada. A taxa de câmbio tem um efeito sobre o superávit comercial (ou déficit), que por sua vez afeta a taxa de câmbio, e assim por diante. Em geral, no entanto, uma moeda doméstica mais fraca estimula as exportações e torna as importações mais caras. Por outro lado, uma moeda doméstica forte dificulta as exportações e torna as importações mais baratas.

Vamos usar um exemplo para ilustrar este conceito. Considere um componente eletrônico com preço de R$ 10 no Brasil que será exportado para a Índia. Suponha que a taxa de câmbio é de 50 rupias para o real brasileiro. Ignorando o transporte marítimo e outros custos de transação, como direitos de importação no momento, o item de R$ 10 custaria ao importador indiano 500 rupias. Agora, se o real se fortalecer contra a rupia indiana para um nível de 55, supondo que o exportador norte-americano deixa o preço de R$ 10 para o componente inalterado, seu preço aumentaria para 550 rúpias (R$ 10 x 55) para o importador indiano. Isso pode forçar o importador indiano a procurar componentes mais baratos de outros locais. A apreciação do real em relação à rupia diminuiu, assim, a competitividade do exportador do Brasil no mercado indiano.

Ao mesmo tempo, considere um exportador de vestuário na Índia, cujo mercado primário é o Brasil Uma camisa que o exportador vende por R$ 10 no mercado brasileiro iria buscar-lhe 500 rúpias quando os produtos da exportação são recebidos (novamente ignorando o transporte marítimo e outros custos), assumindo Uma taxa de câmbio de 50 rupias para o real. Mas se a rupia se enfraquece para 55 contra o real, para receber a mesma quantidade de rupias (500), o exportador pode agora vender a camisa por R$ 9.09. A depreciação de 10% da rupia em relação ao real melhorou, portanto, a competitividade do exportador indiano no mercado norte-americano.

Em suma, uma apreciação de 10% do real em relação à rupia tornou as exportações do Brasil de componentes eletrônicos pouco competitivas, mas tornou as camisas indianas importadas mais baratas para os consumidores do Brasil. O outro lado da moeda é que uma depreciação de 10% da rupia melhorou a competitividade das exportações indianas de vestuário, mas tornou as importações de componentes eletrônicos mais caras para os compradores indianos.

Multiplique o cenário simplista acima por milhões de transações, e você pode ter uma ideia do quanto os movimentos de moeda podem afetar as importações e as exportações. Os países ocasionalmente tentam resolver seus problemas econômicos recorrendo a métodos que afetam artificialmente suas moedas em um esforço para ganhar uma vantagem no comércio internacional. Uma dessas técnicas é a "desvalorização competitiva", que se refere à depreciação estratégica e em grande escala de uma moeda nacional para impulsionar os volumes de exportação. Outro método é suprimir a moeda nacional e mantê-lo em um nível anormalmente baixo.

A inflação e as taxas de juros afetam as importações e as exportações principalmente por sua influência na taxa de câmbio. Uma inflação mais alta normalmente leva a taxas de juros mais altas, mas isso leva a uma moeda mais forte ou uma moeda mais fraca?

A teoria convencional da moeda corrente afirma que uma moeda com uma taxa de inflação mais elevada (e conseqüentemente uma taxa de juros mais elevada) depreciará de encontro a uma moeda com inflação mais baixa e uma taxa de juros mais baixa. De acordo com a teoria da paridade da taxa de juros, a diferença nas taxas de juros entre dois países é igual à mudança esperada em sua taxa de câmbio. Assim, se o diferencial de taxa de juros entre dois países for de 2%, a moeda da nação com taxa de juros mais alta deverá depreciar 2% em relação à moeda da nação com taxas de juros mais baixa.

Na realidade, no entanto, o ambiente de baixa taxa de juros (que tem sido a norma na maior parte do mundo desde a crise de crédito global 2008) resultou em investidores e especuladores perseguindo os melhores rendimentos oferecidos pelas moedas com taxas de juros mais elevadas. Isto teve o efeito de reforçar moedas que oferecem taxas de juros mais elevadas.

Como discutido anteriormente, uma moeda nacional mais forte pode ter um efeito adverso sobre as exportações e sobre a balança comercial. Uma inflação mais elevada também pode afetar as exportações ao ter um impacto direto nos custos de insumos, como materiais e mão-de-obra. Estes custos mais elevados podem ter um impacto substancial na competitividade das exportações.

As importações e as exportações exercem uma grande influência sobre o consumidor e a economia diretamente, bem como pelo seu impacto no nível da moeda nacional, que é um dos maiores determinantes do desempenho econômico de uma nação.

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Documentário completo sobre a crise mundial


O Instituto Mises Brasil, em parceria com a empresa espanhola Amagifilms — fundada pelos libertários espanhóis Juan José Mercado, Daniel García e Bárbara Sokol  apresentou um excelente documentário sobre a crise financeira mundial. O vídeo tem aproximadamente uma hora de duração. 






Fonte: Instituto Ludwig von Mises Brasil


Taxa de juros SELIC


As taxas de juros variam de acordo com o contrato, com a aplicação, o risco, dentre outros fatores. Mas há uma taxa específica que serve de referência para todos os contratos: é a Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). Ela é considerada a taxa básica de juros no Brasil porque é usada em operações e empréstimos de curto prazo entre os bancos, balizando todas as demais, como os juros do parcelamento da compra de um eletrodoméstico, por exemplo.
O Banco Central criou a Taxa Selic em 1979 para facilitar a negociação de títulos públicos federais negociados com os bancos. A definição da Selic passou a ser um dos principais instrumentos de controle da inflação, na década de 1990, com a estabilização da economia.
Além disso, ao alterar a taxa, o BC é capaz de aquecer (queda da taxa) ou desaquecer (alta) a economia e influenciar os principais indicadores de crescimento econômico do País.
Queda dos juros
Diminuir os juros significa que vale a pena pegar dinheiro emprestado. Com a baixa rentabilidade das aplicações em títulos do governo (como os títulos da dívida pública), os bancos, financeiras, empresas e outros investidores preferem emprestar dinheiro e financiar outros projetos e produtos, em busca de melhores rendimentos.
Portanto, as compras parceladas e o crédito em geral ficam mais atrativos para o consumidor e, assim, a população passa a comprar mais. Esse crescimento da demanda pressiona os preços, que tendem a subir, gerando aumento da inflação. É por isso que a definição da Selic pelo BC é uma das principais formas de controlar a inflação.
Os preços podem aumentar caso a indústria nacional não esteja preparada para produzir mais. Com os juros baixos, as fábricas contam com um custo favorável, por exemplo, para financiar a compra de máquinas para, assim, ampliar a produção e atender os consumidores.
A queda dos juros diminui também o custo da dívida do governo, que fica com mais dinheiro para os investimentos necessários no Brasil.
Alta dos juros
Quando os juros sobem, as compras a prazo e os financiamentos ficam mais caros. Por isso, os consumidores preferem comprar menos e muitas empresas não tomam grandes empréstimos, por exemplo, para investir em novas máquinas (que elevaria a produção, num momento em que os consumidores também estão receosos pelo aumento dos juros do parcelamento).
Com as compras em queda, a inflação também tende a baixar. No entanto, a alta dos juros não significa uma queda automática da inflação, assim como a queda dos juros não implica aumento dos preços. Afinal, na economia como um todo, outros fatores – como o câmbio, gastos públicos, entre outros – atuam diretamente para o aumento ou baixa da inflação.
O aumento dos juros influi também nos investimentos financeiros. É que muitos deles são indexados pela Taxa Selic, como os Fundos DI e de Renda Fixa.
Definição dos juros

O Comitê de Política Monetária (Copom), criado em 1996, é o órgão do Banco Central responsável pela definição das diretrizes da política monetária e da taxa básica de juros. Integram o Copom os seguintes funcionários do Banco Central:

• Presidente 
• Diretor de Política Monetária 
• Diretor de Política Econômica 
• Diretor de Estudos Especiais 
• Diretor de Assuntos Internacionais 
• Diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro
• Diretor de Fiscalização
• Diretor de Liquidações e Desestatização
• Diretor de Administração

Os integrantes do Copom se reúnem oito vezes ao ano. Os encontros costumam ocorrer, em média, a cada 45 dias. No primeiro dia de reunião (às terças-feiras), discute-se a conjuntura econômica e os indicadores de inflação e nível de atividade. Neste primeiro dia de reunião, participam além do presidente e diretores do BC os chefes dos seguintes departamentos do banco:
• Departamento Econômico (Depec)
• Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin)
• Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban)
• Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab)
• Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep)

Participam ainda o gerente-executivoda Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin), três consultores e o secretário-executivo da Diretoria, o assessor de imprensa, o assessor especial e, sempre que convocados, outros chefes de departamento que podem detalhar dados de suas respectivas áreas.
No dia seguinte (às quartas-feiras), é decidida e divulgada a meta para a taxa de juros e o viés, se houver.
Ao final de cada trimestre (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o Relatório de Inflação, documento que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira no Brasil, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.

Fontes:

Planilhas para Controle de Ações e Orçamento Pessoal

As planilhas eletrônicas são uma boa opção para realizar o controle de investimentos e o orçamento pessoal. Particularmente, podem ser bastante úteis no caso de uma carteira de ações compradas com o intuito de mantê-las por um longo prazo. Algumas opções de planilhas para o controle de uma carteira teórica de ações e do seu orçamento podem ser encontradas aqui.

Entre as novas planilhas disponíveis estão as seguintes:


Planilha com simulação de investimentos: Clique aqui
Planilha para controle do orçamento pessoal da BM&F BOVESPA: Clique aqui

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