Taxa de juros SELIC
As taxas de juros variam de acordo com o contrato, com a aplicação, o risco, dentre outros fatores. Mas há uma taxa específica que serve de referência para todos os contratos: é a Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). Ela é considerada a taxa básica de juros no Brasil porque é usada em operações e empréstimos de curto prazo entre os bancos, balizando todas as demais, como os juros do parcelamento da compra de um eletrodoméstico, por exemplo.
O Banco Central criou a Taxa Selic em 1979 para facilitar a negociação de títulos públicos federais negociados com os bancos. A definição da Selic passou a ser um dos principais instrumentos de controle da inflação, na década de 1990, com a estabilização da economia.
Além disso, ao alterar a taxa, o BC é capaz de aquecer (queda da taxa) ou desaquecer (alta) a economia e influenciar os principais indicadores de crescimento econômico do País.
Queda dos juros
Diminuir os juros significa que vale a pena pegar dinheiro emprestado. Com a baixa rentabilidade das aplicações em títulos do governo (como os títulos da dívida pública), os bancos, financeiras, empresas e outros investidores preferem emprestar dinheiro e financiar outros projetos e produtos, em busca de melhores rendimentos.
Portanto, as compras parceladas e o crédito em geral ficam mais atrativos para o consumidor e, assim, a população passa a comprar mais. Esse crescimento da demanda pressiona os preços, que tendem a subir, gerando aumento da inflação. É por isso que a definição da Selic pelo BC é uma das principais formas de controlar a inflação.
Os preços podem aumentar caso a indústria nacional não esteja preparada para produzir mais. Com os juros baixos, as fábricas contam com um custo favorável, por exemplo, para financiar a compra de máquinas para, assim, ampliar a produção e atender os consumidores.
A queda dos juros diminui também o custo da dívida do governo, que fica com mais dinheiro para os investimentos necessários no Brasil.
Alta dos juros
Quando os juros sobem, as compras a prazo e os financiamentos ficam mais caros. Por isso, os consumidores preferem comprar menos e muitas empresas não tomam grandes empréstimos, por exemplo, para investir em novas máquinas (que elevaria a produção, num momento em que os consumidores também estão receosos pelo aumento dos juros do parcelamento).
Com as compras em queda, a inflação também tende a baixar. No entanto, a alta dos juros não significa uma queda automática da inflação, assim como a queda dos juros não implica aumento dos preços. Afinal, na economia como um todo, outros fatores – como o câmbio, gastos públicos, entre outros – atuam diretamente para o aumento ou baixa da inflação.
O aumento dos juros influi também nos investimentos financeiros. É que muitos deles são indexados pela Taxa Selic, como os Fundos DI e de Renda Fixa.
Definição dos juros
O Comitê de Política Monetária (Copom), criado em 1996, é o órgão do Banco Central responsável pela definição das diretrizes da política monetária e da taxa básica de juros. Integram o Copom os seguintes funcionários do Banco Central:
• Presidente
• Diretor de Política Monetária
• Diretor de Política Econômica
• Diretor de Estudos Especiais
• Diretor de Assuntos Internacionais
• Diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro
• Diretor de Fiscalização
• Diretor de Liquidações e Desestatização
• Diretor de Administração
Os integrantes do Copom se reúnem oito vezes ao ano. Os encontros costumam ocorrer, em média, a cada 45 dias. No primeiro dia de reunião (às terças-feiras), discute-se a conjuntura econômica e os indicadores de inflação e nível de atividade. Neste primeiro dia de reunião, participam além do presidente e diretores do BC os chefes dos seguintes departamentos do banco:
• Departamento Econômico (Depec)
• Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin)
• Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban)
• Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab)
• Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep)
Participam ainda o gerente-executivoda Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin), três consultores e o secretário-executivo da Diretoria, o assessor de imprensa, o assessor especial e, sempre que convocados, outros chefes de departamento que podem detalhar dados de suas respectivas áreas.
No dia seguinte (às quartas-feiras), é decidida e divulgada a meta para a taxa de juros e o viés, se houver.
Ao final de cada trimestre (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o Relatório de Inflação, documento que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira no Brasil, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
Fontes:
Planilhas para Controle de Ações e Orçamento Pessoal
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Price X SAC
Ao adquirir um bem financiado uma das principais dúvidas é referente aos sistemas de amortização Price e SAC. A maioria dos compradores não sabem o que significa e quais as vantagens e desvantagens de cada sistema.
Tabela SAC - Sistema de Amortização Constante
Tabela Price (TP)
Exemplo de Comparação Price x SAC
Vamos fazer a comparação de um financiamento com as seguintes características:
Valor do financiamento: R$ 50.000,00
Período do financiamento: 50 meses
Taxa de juros do financiamento: 1% ao mês
referências:
http://blogdemercado.lopes.com.br/2008/06/tabela-sac-e-tabela-price-qual-diferena.html
http://www.winfinance.com.br/guia/sistemas.php
Tabela SAC - Sistema de Amortização Constante
A característica deste sistema é amortizar (diminuir) um percentual fixo da dívida desde o início do financiamento. Ou seja: na composição total da parcela paga mensalmente, o valor correspondente ao pagamento da dívida permanece constante, enquanto o valor correspondente ao pagamento de juros diminui progressivamente. O Sistema de Amortização Constante é o mais adequado para financiamentos imobiliários, pois a tendência é que o valor das prestações e o saldo devedor diminuam, se mantidos os atuais níveis de atualização monetária. O comprador, no entanto, deve ter maior fôlego financeiro para arcar com parcelas mais altas no início dos pagamentos. Com o SAC, o risco de o saldo devedor sofrer aumentos acentuados é baixo. Isso porque, mantida a atual taxa de atualização monetária, cada parcela paga será abatida desde o início. Além disso, as prestações futuras tendem a diminuir continuamente ao longo do financiamento. Assim, o cliente passa a ter maior controle da dívida no longo prazo e uma maior tranqüilidade para planejar o futuro.
Tabela Price (TP)
Também conhecida como Sistema Francês de Amortização, ficou menos popular nos últimos anos, mas ainda é utilizada por alguns bancos. É caracterizada pelo valor fixo das parcelas ao longo do financiamento e, via de regra, é mais onerosa para o comprador. Isso porque, nos primeiros meses, em virtude da parcela fixa, o valor a ser abatido do saldo devedor é muito pequeno: a maior parte vai para o pagamento dos juros. E como os juros incidem sobre o saldo devedor (que foi pouco reduzido), o valor total pago no fim do financiamento tende ser maior. Por que as pessoas ainda optam por ela? Justamente por causa do valor fixo das parcelas, atraente para determinados perfis de compradores. Pela tabela Price, as prestações e o saldo devedor são corrigidos mensalmente pela TR (Taxa Referencial de juros) pelos bancos privados, e anualmente pela Caixa. Nesse sistema, apenas 25% da renda familiar podem ser comprometidos com a aquisição do imóvel e o prazo máximo de financiamento é de 20 anos.
Exemplo de Comparação Price x SAC
Vamos fazer a comparação de um financiamento com as seguintes características:
Valor do financiamento: R$ 50.000,00
Período do financiamento: 50 meses
Taxa de juros do financiamento: 1% ao mês
http://blogdemercado.lopes.com.br/2008/06/tabela-sac-e-tabela-price-qual-diferena.html
http://www.winfinance.com.br/guia/sistemas.php
Renda Fixa
"A taxa básica de juros e a inflação são determinantes para a rentabilidade desse tipo de fundo de investimento"
A Renda Fixa é uma aplicação na qual o investidor compra títulos de bancos, empresas ou do governo e recebe uma rentabilidade que pode ser determinada já no momento da aplicação. A rentabilidade será o valor da aplicação, mais os juros pelo período em que o dinheiro ficar investido.
Existem os títulos de Renda Fixa pré-fixados e pós-fixados. Os títulos pré-fixados são aqueles em que o valor do resgate é definido já no momento da aplicação. É a soma do valor investido, mais a taxa de juros pré-determinada. Nos títulos pós-fixados, o investidor só saberá o valor de sua rentabilidade no momento do resgate, pois o rendimento é a soma do valor aplicado, mais uma taxa de juros pré-determinada e o desconto da taxa de inflação do período.
Existem diversas maneiras de aplicar em Renda Fixa. Pode ser diretamente em títulos de renda fixa, compra de debêntures (títulos de empresas com capital aberto para obter recursos para suas atividades ou dívidas), CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LTNs (Letras do Tesouro Nacional), dentre outras.
De acordo com o economista Wilson Benício Siqueira, do Cofecon (Conselho Federal de Economia), a aplicação em Renda Fixa é mais indicada para investidores conservadores, que não querem correr riscos e preferem já ter uma noção de quanto vão lucrar.
Os bancos definem, conforme o perfil de seus clientes, o limite mínimo para o investimento. O tributo que incide sobre a aplicação é o Imposto de Renda, que varia de 15% a 22,5%, conforme o tempo em que o dinheiro ficar investido.
Os fundos de renda fixa têm como regra a cobrança da taxa de administração, que varia de 1% a 3% ao ano. Segundo Siqueira, quando a taxa é acima de 1,5%, a aplicação fica menos competitiva, pois ainda há o desconto do IR.
Siqueira explica que é preciso prestar atenção na variação da Selic, taxa básica de juros, e na inflação, que influencia diretamente a rentabilidade. “A Selic é uma taxa básica que define em primeira estância o ‘preço’ do dinheiro. Se ela ficar muito baixa, o investidor vai buscar aplicações mais rentáveis, que garantam ganhos acima da Selic.”
Para calcular os ganhos reais em longo prazo, em títulos pós-fixados, é preciso diminuir a taxa de inflação da taxa de rentabilidade. Como exemplo, ao aplicar R$ 1 mil por doze meses, com taxa de juros de 10% ao ano e inflação de 6%, o ganho será de R$ 100, menos 6% da inflação (= R$ 66). O ganho, portanto, de será de R$ 44,00 (R$ 100 menos R$ 66) e o capital real igual a R$ 1.044.
Assim como em outros investimentos, há a possibilidade de perda. Isso pode acontecer caso o emissor deixe de cumprir a obrigação, em caso de falência, ou se os juros e a inflação caírem, por exemplo, tornando-a menos vantajosa que outras aplicações.
A principal vantagem em investir em Renda Fixa é que os riscos são menores. Siqueira, do Cofecon, ressalta ainda que este investimento pode render ganhos acima da taxa Selic, dependendo dos papéis em que for aplicado.
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